sexta-feira, 9 de setembro de 2011

sábado, 20 de agosto de 2011

MEU MUNDO...MINHA PAIXÃO


O meu mundo não é grande...mas pequeno tmb não é...
não tem riquezas... mas dinheiro nenhum não paga...
não tem diferenças ... mas sim a igualdades...
não há tristezas... mas a alegria de viver...
E venho aqui te desejar td de mais maravilhoso em sua linda vida... bjs re

EPILEPSIA INFANTIL


Epilepsia na Infância
Dr. Jesus Gomez-Placencia, MD, PhD
A epilepsia é definida pela Organização Mundial de Saúde como uma "afecção crônica de etiologia diversa, caracterizada por crises repetidas, devidas a uma carga excessiva dos neurônios cerebrais, associada eventualmente com diversas manifestações clínicas e paraclínicas" (1). Em outras palavras, certas mudanças patológicas nas células cerebrais causam uma atividade anormal, que se manifesta de outras maneiras, como contrações repetidas e espamódicas dos músculos de partes distintas do corpo (as convulsões), anomalias sensoriais e psicológicas), etc.
Em todos os países, a epilepsia representa um problema importante de saúde pública, não somente por sua elevada incidência, calculada em 18 de cada 1000 habitantes, mas também pela repercussão da enfermidade, a recorrência de suas crises, as repetidas incapacidades desta mesma causa, além do sofrimento dos próprios pacientes devido às restrições sociais que na grande maioria das vezes são injustificadas (2).
A incidência na população pediátrica é grande, uma vez que deve se recordar que 75% dos pacientes epilépticos iniciam seu padecimento antes dos 18 anos (3). Reside aqui a importância de efetuar um diagnóstico o mais cedo possível e estabelecer um tratamento idôneo com a aplicação dos princípios fundamentais da terapia anti-epiléptica na criança, além de manejar os aspectos psico-sociais relevantes para oferecer uma completa reintegração a seu núcleo familiar, escolar e social.
Em um dos campos da Medicina onde são mais importantes as diferenças de todo tipo entre adulto e criança, é precisamente a Neurologia e em especial a epilepsia. O sistema nervoso central (SNC) da criança desde antes do nascimento se encontra em mudança dinâmica constante. Apesar de sua formação começar nas primeiras semanas após a concepção, sua maturação continua até a idade adulta. A criança como conseqüência destas mudanças ativas, pode desenvolver crises epilétpicas de maneiras que não se apresentam no adulto (2-4).
Por um lado, certas síndromes epilépticas aparecem somente em uma faixa específica de idades, por outro, as manifestações clínicas das crises se modificam com a idade. Por exemplo, existe uma incapacidade do cérebro do recém nascido para desenvolver crises severas, chamadas de tônico-clônicas. As crises febris (convulsões que se apresentam depois de uma febre alta) se apresentam somente entre os seis meses e os cinco anos de idade, etc. Desde cedo, a sensibilidade aos diferentes medicamentos também se modifica, não somente em função da mudança do tipo de crise, mas também pela mudança no metabolismo dos fármacos que são diretamente dependentes da idade (5-7).
Tratamento Racional da Epilepsia
É possível ao médico neurologista oferecer um tratamento mais racional e com melhor controle, se considerarmos vários fatores:
A identificação adequada das diferentes síndromes epilépticas;
A especificidade terapêutica destas síndromes (por exemplo, as crises febris se controlam com fenobarbital ou valproato);
conhecimento das modificações do metabolismo dos medicamentos em relação à idade;
A possibilidade de se fazer a determinação dos níveis de medicamentos anti-epilépticos no sangue;
A aplicação de outros critérios, revistos adiante.

Entre as conseqüências do tratamento racional estão uma diminuição importante dos possíveis efeitos secundários, uma melhor relação custo-benefício (tanto a nível particular como institucional) e uma integração familiar, social, educacional e cultural da criança epiléptica mais adequada.
Para iniciar um manejo racional do paciente, uma vez confirmado o diagnóstico de epilepsia, deve-se estar ciente que este padecimento pode ser a manifestação inicial de uma patologia que diminui o limite de descarga do cérebro, sempre se devendo descartar a possibilidade de uma lesão potencialmente tratável por outros meios ou que ponha em risco a vida.
O Diagnóstico
O médico deve proceder primeiramente em tomar uma detalhada história do paciente, realizar uma minuciosa exploração física e neurológica, utilizar o EEG (eletroencefalograma) e estudos de neuroimagem, etc. Em alguns casos, é necessário determinar se há alguma patologia neurológica progressiva ou suscetível de terapia específica (por exemplo, tumor intracraneal, enfermidade degenerativa, cisticercose).
Em seguida, o que se deve fazer é categorizar o modelo de crise sofrida, de acordo com a Classificação Internacional de Crises Epilépticas (8), a qual distingue basicamente dois tipos de crises:
As crises parciais ou focais (por que tomam somente uma parte restrita do cérebro, iniciando geralmente como um "foco" de atividade anormal em um ponto específico, e não se alastrando por outras regiões do cérebro); as crises generalizadas, assim chamadas por que se alastram por quase todo o cérebro.
A classificação descreve os diferentes modelos, com suas manifestações eletroencefalográficas relevantes, ictais e inter-ictais (ou seja, durante ou depois da crise). Por outro lado, a identificação clínica e eletroencefalográfica das diferentes síndromes epilépticas, dada sua importância de reconhecimento, não somente do ponto de vista clínico-terapêutico, mas também do ponto de vista de prognóstico, fisiopatológico, etc. fez necessária sua classificação (9).
O Tratamento
Uma vez estabelecido o diagnóstico e identificado o modelo da crise, e em seu caso, a crise epiléptica, se deve iniciar o tratamento, para o qual se deve responder quatro perguntas básicas que se relacionam com sua continuação:
QUANDO ? QUAIS ? QUANTO ? e COMO?
Quando Tratar ?
Esta primeira pergunta se refere a quando se deve tomar a decisão de indicar um tratamento anti-epiléptico, o qual,uma vez estabelecido, se deve manter por um período prolongado de tempo. Esta pergunta é especialmente crítica quando se refere à criança que teve sua primeira convulsão, já que se deve recordar que cerca de 5% das crianças saudáveis apresentarão uma crise antes dos 10 anos de idade, além de existirem crises recorrentes não epilépticas (10) com as quais se deve fazer diagnóstico diferencial.
A decisão terapêutica é importante, já que depois da primeira crise existe um risco de 25 a 75% de recorrência que aumenta para 65 a 95% depois de duas ou mais crises (11, 12). Se bem que estas cifras representam uma probabilidade estatística, existem diferentes fatores de risco que permitem ao neurologista determinar com maior precisão a probabilidade de recorrência (11).
Precisamente, a criança que tem a primeira crise é de particular utilidade a avaliação do neurologista pediatra, que tem formação específica para isto, o qual deve solicitar os estudos paraclínicos de forma racional e dirigida (13), os interpretar de maneira adequada e estabelecer o manejo correto, e regressar o paciente ao médico que continuará o controle, retornando ao neurologista pediatra para reavaliação periódica.
Uma vez determinada a necessidade de estabelecer um tratamento farmacológico, passa-se a segunda pergunta.
FATORES DE RISCO DE RECORRÊNCIA DEPOIS DA PRIMEIRA CRISEHistória de lesão do SNC
EEG com descargas epileptógenas
Exame neurológico com dados de lateralização
História familiar positiva em parentes de primeiro grau
Quais Tratamentos Utilizar ?
Uma vez que este é um guia prático para pacientes e médicos não-especialistas, mencionaremos somente os medicamentos anti-epilépticos de primeira linha para os três principais tipos de crises epilépticas, sugerindo para o momento o estudo de outros medicamentos e o tratamento das síndromes epilépticas específicas, a consulta aos textos de epileptologia ou ao neurologista pediatra (14).
Para as crises tônico-clônicas generalizadas (convulsões que tomam todos os membros, com extensão rígida seguida de movimentos de agitação), os seguintes medicamentos são considerados ter a mesma efetividade clínica (2):
Difenilhidantoína
Carbamazepina
Fenobarbital
Ácido Valproico

No entanto, para as crises parciais, de qualquer tipo que sejam, simples, complexas ou com generalização secundária, a difenilhidantoina, a carbamazepina e o fenobarbital têm demonstrado uma utilidade semelhante (2). Para fins práticos e clínicos a primidona é considerada semelhante ao fenobarbital em relação ao seu espectro de ação e aos efeitos secundários que pode apresentar.
Por outro lado, para as crises de ausências típicas os fármacos que se podem considerar de primeira linha são:
Etosuccimida
Acido Valproico
Clonacepam

A escolha de qualquer um em particular depende das circunstâncias do paciente determinado, em especial a disponibilidade dos medicamentos em farmácias da região, a idade do paciente, o custo do medicamento (este deve ser considerado em um meio institucional) e os efeitos secundários, os quais podem ser sistêmicos (gastrointestinais, hepáticos, hematológicos) ou centrais. Com os dois primeiros deve se ter especial cuidado na utilização do valproato, por sua hepatotoxicidade potencial, a qual pode ser fatal, em especial se associado a outros medicamentos antes dos dois anos de idade. Com o terceiro se considera principalmente seus efeitos sobre funções cognitivas e de conduta. As alterações de conduta são mais freqüentes com o fenobarbital e o clonacepam, no entanto as funções cognitivas se afetam mais com a difenilhidantoína e muito menos com o valproato. Em especial, a carbamazepina tem efeitos mínimos a este respeito (15). O incremento gradual da dose até chegar aos níveis terapêuticos diminui de maneira importante os efeitos secundários centrais e é sempre importante informar aos pais a respeito deles, para que por iniciativa própria suspendam a medicação, no caso deles aparecerem.
Como Tratar A Epilepsia ?
Una vez selecionado o medicamento considerado conveniente para o paciente, de acordo com o tipo de sua crise, idade, etc., se deve determinar como, isto é, qual é a maneira como se vai administrar, para o qual é necessário considerar sobretudo no paciente pediátrico dois aspectos muito importantes:
1) a dose,
2) o horário.

Tanto um como o outro variam de acordo com a idade (5-7); como exemplo pode se considerar a difenilhidantoina. Este medicamento deve ser administrado por via oral a doses recomendadas pelo neurologista, que variam com a idade. Em lactantes pode ser necessário administrar o medicamento de maneira fracionada a cada 4 ou 6 horas, e prolongar o intervalo entre as doses para idades maiores. Em adolescentes e adultos é possível administrar o medicamento em uma única dose diária (7).
A administração otimizada com base nestes fatores permite manter os níveis de medicamento no corpo de maneira estável com um mínimo de flutuação (16).
A grande maioria dos pacientes se controlam com somente um medicamento, a experiência de todos autores coincide em assinalar a monofarmácia ou monoterapia como a maneira mais racional e útil de controlar o paciente epiléptico.
Em nossa experiência, as três causas mais freqüentes de controle inadequado são:
1) falta de cumprimento na administração dos medicamentos,
2) horário de administração que não leva em conta a vida média do medicamento;
3) prescrição de medicamento não indicado para o tipo de crise (por exemplo, difenilhidantoina para crises febris, medicamentos que propiciam a aparição de outras crises ou uma identificação incorreta de algumas outras síndromes epilépticas com especificidade terapêutica).

Se se exclui a última possibilidade, se deve levar em conta a grande variação individual nas crianças da farmacocinética, razão pela qual se deve determinar os níveis séricos do fármaco, o qual permite corroborar ou descartar estes desvios, e otimizar a administração do medicamento.
A utilização racional da determinação dos níveis circulantes dos anticonvulsivantes permitiu otimizar o controle médico da epilepsia, em especial a população pediátrica pelas razões já assinaladas, mas deve-se recordar que a informação obtida através desta técnica é mais útil para a difenilhidantoína, a carbamazepina e o fenobarbital, em menor proporção para o ácido valproico, e de pouca utilidade na administração de benzodiacepinas (16b). Nos primeiros existe uma boa correlação entre os níveis terapêuticos e o controle das crises, no caso da difenilhidantoina é maior sua utilidade, uma vez que pequenas modificações da dose podem resultar em flutuações amplas dos níveis circulantes (5). No caso de valproato, este medicamento tem flutuações apreciáveis de seus níveis durante o dia, sem que este feito tenha repercussão clínica(16c). Não se deve esquecer que o conceito de faixa terapêutica é relativo, representando um compromisso estatístico e ainda que tenha uma grande variação, em especial nas crianças, deve-se utilizar de maneira racional, com o conhecimento do comportamento do medicamento a determinar.
Se se comprova que se utilizou o fármaco de maneira correta e ainda não há controle adequado da crise, deve-se substituir o medicamento inicial por outro de primeira linha que tenha sido considerado uma segunda opção. Não se recomenda adicionar outro remédio ao primeiro, pois existem importantes interações medicamentosas que podem modificar um ou outro sentido as concentrações séricas levando-as a níveis subterapêuticos (insuficientes para o controle da crise) ou tóxicos (excesso de medicamento), em outros casos sua combinação pode ter outros efeitos severos (sedação mais ou menos pronunciada, que repercute de maneira negativa nas funções cognitivas, status de ausência induzido pela combinação de valproato e clonacepan).
Em geral, a experiência no manejo de pacientes epilépticos de qualquer idade concorda que na maioria dos casos "...multiplicar o número de fármacos anti-epilépticos administrados simultaneamente é mais provável que multiplique o número de efeitos secundários do que incremente a proteção das crises" (17). Além disso, faz mais difícil o controle da crise, em nossa Clínica de Epilepsia vários dos pacientes enviados com diagnóstico de "crise de controle difícil " que chegam recebendo polifármacos, em ocasiões até com quatro ou cinco medicamentos combinados, foram controladas de maneira satisfatória ao eliminar todos exceto a primeira escolha, administrados seguindo os princípios farmacocinéticos descritos.
Se o paciente não responde a este segundo medicamento, é conveniente que receba uma avaliação do neurologista pediatra que pode recorrer a estudos diagnósticos anteriores, já em forma dirigida, e faça um manejo médico mais especializado, em especial por que muitos destes pacientes que não se controlam inicialmente apesar de receber o manejo indicado de doses e horários indicados podem apresentar uma patologia neurológica de fundo cuja manifestação inicial seja o quadro epiléptico, ou que possam apresentar algum dos síndromes epilépticos que tenham especificidade terapêutica e que por informação inadequada não tenham sido identificados clinica e eletroencefalograficamente.
Atualmente se encontram disponíveis novos fármacos anti-epilépticos desenvolvidos como resultado de um melhor conhecimento de alguns dos mecanismos fisiopatológicos operantes na epilepsia. Em nossa experiência com a lamotrigina, a vigabatrina e a gabapentina, temos encontrado que sua indicação precisa e de maior utilidade, sobretudo em relação custo-benefício, é prescrevê-los como medicamento de adição, isto é, utilizar um anti-epiléptico de primeira linha, como carbamazepina, oxcarbamazepina ou difenilhidantoína, combinado com um destes novos fármacos (politerapia racional).
Por outro lado, como outros autores, temos encontrado que a vigabatrina pode ser considerada como medicamento de escolha para espasmos infantis, de qualquer etiologia, sozinha ou combinada com ácido valproico, uma vez que a lamotrigina demonstrou especial utilidade na síndrome de Lennox-Gastaut.
Quanto Tempo Tratar?
Esta pergunta se refere à duração do tratamento, o fato de mencionar aos pais e aos pacientes o conceito totalmente incorreto a respeito da suposta incurabilidade da epilepsia é obsoleto e danoso, já que tem repercussões importantes no paciente e em sua família. Existe toda evidência necessária na literatura, com base em estudos prospectivos com um seguimento bastante prolongado, para afirmar com segurança que de 75 a 88% dos pacientes que tenham estado livre de crises durante um período de 3 a 4 anos não tenha recorrência ao suspender o tratamento (18-20b), na se assinalam os principais fatores que se associam com um prognóstico favorável (20b,21). Desde o início, estes dados têm um valor estatístico para uma população geral, sendo evidente que em um paciente determinado, o prognóstico final dependerá sobretudo da patologia primária causadora da crise e que em muitos casos, do tipo específico da síndrome epiléptica. Por isto se considera de extrema utilidade quando se considera a possibilidade de se suspender o tratamento a um paciente controlado por este período de tempo, um avaliação integral incluindo a revisão dos traços eletroencefalográficos de controle pelo neurologista pediatra, que deve efetuar com maior fundamento a decisão da suspensão do medicamento.

FATORES ASSOCIADOS AO PROGNÓSTICO FAVORÁVELDesenvolvimento psicomotor normal
Inteligência normal
Ausência de signosneurológicos
Início depois dos 2 anos de idade
Pouca freqüência de crises
Somente um tipo de crise
Boa resposta ao tratamento
Rápida melhoria do EEG com o tratamento
Autor:
 Jesus Gomez-Placencia, MD, PhD, Professor titular, Dept. de Neurosciências, Universidade de Guadalajara, Faculdade de Medicina de Guadalajara. Orientador em Neurologia e EEG no Hospital Civil de Guadalajara e Estudos de Pós-graduação em GREM: Biologia Celular, Neurobiologia. Ex-Presidente da Liga Mexicana Internacional Contra Epilepsia, Presidente da Sociedade de Neurologia Pediátrica Mexicana. Email: jgomezp@udgserv.cencar.udg.mx

Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology - Editorial

Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology - Editorial

O ano de 2010 foi caracterizado por decisões. O ano esportivo culminou com o encerramento de um "era", para sempre associada ao insucesso da seleção nacional de nosso desporto mais popular. O ano político encerra-se pontuado pela decisão livre e soberana de milhões de brasileiros, sinalizando pela persistência de um modelo. A história registrará o mérito (ou imprudência) desta opção.

Entre o que muda e o que fica - e tomadas as devidas proporções - oJournal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology encerra 2010 mantendo seu corpo editorial e debuta em 2011 seu novo formato. De nossos colaboradores oficialmente listados aos conselheiros informais que emprestam sua experiência, passando pelos revisores cujo seu precioso tempo cederam a nossa revista, o reconhecimento e a gratidão, oportunos nesta época, porém merecidos por todo o trabalho de mais um ano.

Nosso jornal é agora veiculado exclusivamente em mídia digital. O embasamento desta decisão foi objeto de discussão em editorial anterior. Uma decisão simples na frieza dos números e um pouco mais difícil na percepção da ausência física do material impresso. Ao menos àqueles que se habituaram a envolver-se no preparo e literalmente folhear o resultado final a cada número. Felizmente, ao contrário das outras citadas, esta é uma decisão oportuna, pontual, circunstancial talvez e, eventualmente, reversível.

Neste último editorial de 2010 o agradecimento estende-se ainda a todos que submeteram seus manuscritos, confiando-nos horas de seu trabalho e entendendo a importância e o papel de nosso periódico.

Qualidade de vida em epilepsia, temas de neurofisiologia, cirurgia e atualização em comorbidades psiquiátricas traduzem, neste último volume de 2010, a amplitude de conhecimento que nossa revista pretende difundir. Esperançosamente esta meta será mantida e ampliada no ano que em breve se inicia.

Boas Festas & Boas Leituras!

EVENTOS...



29th International Epilepsy Congress
 28/08/2011 a 01/09/2011
Local: Hotel Marriott Rome Park Via Colonnello Tommaso Masala, 54 - Roma, Itália
Link do Eventohttp://www.epilepsyrome2011.org
Sobre o Evento: O 29º Congresso Internacional de Epilepsia (IEC), será realizado na antiga cidade de Roma, de 28 de agosto a 01 de setembro de 2011 no Hotel Marriott Rome Park.
»Curso Itinerante da LBE
 17/09/2011
Local: Vitória-ES
Sobre o Evento: Os cursos itinerantes da LBE são realizados em algumas cidades do país e têm como tema a "Atualização no Tratamento das Epilepsias".
»4th Eilat International Educational Course: PHARMACOLOGICAL TREATMENT OF EPILEPSY
 18/09/2011 a 25/09/2011
Local: Eilat, Israel
Link do Eventohttp://www.eilat-aeds.com
Sobre o Evento: Following the outstanding success of the past three Eilat International Educational Courses, held in Eilat, September 18-25, 2005, September 2-9, 2007 and September 6-13, 2009, it gives us great pleasure to inform you of the forthcoming 4th Eilat International Educational Course: PHARMACOLOGICAL TREATMENT OF EPILEPSY, which will take place at the Princess Hotel, Eilat, Israel, September 18-25, 2011. The Course program is designed for junior registrations (45 years and younger), and we are happy to inform you that a number of bursaries have been made available by the ILAE Commission on European Affairs (CEA) towards partially defraying the cost of flight and accommodation expenses of bursary recipients, who will also have their registration fees waived. The course is under the auspices of the ILAE Commission on European Affairs (CEA).
»Jornada Brasil-França de Epilepsia
 29/09/2011 a 01/10/2011
Local: Mar Hotel - Recife-PE
Link do Eventohttp://www.epilepsia2011.com.br
Sobre o Evento: A Jornada Brasil-França de Epilepsia tem como objetivo discutir a evolução científica e tecnológica no estudo das Síndromes Epilépticas nos dias atuais.
»20th International Epilepsy Symposia
 08/10/2011 a 12/10/2011
Local: Centro de Convenções Ribeirão Preto Rua Bernardino de Campos, 999 Ribeirão Preto – SP
Link do Eventohttp://www.epilepsysymposia.com
Sobre o Evento: 20th International Epilepsy Symposium & Epileptology Comprehensive Course - Estratégias Diagnósticas e Terapêuticas nas Epilepsias Graves
»Neurofisiologia 2011
 24/10/2011 a 27/10/2011
Local: Hotel Conrad Punta del Este, Uruguai
Link do Eventohttp://www.neurofisiologia2011.org
Sobre o Evento: O evento ‘NEUROFISIOLOGIA 2011", se realizará em Punta del Este, Uruguai, de 24 a 27 de outubro de 2011. O mesmo terá lugar no Centro de Conferências do Hotel Conrad Resort & Casino, o principal centro de congressos do balneário.
»65ª Reunião Anual Sociedade Americana de Epilepsia
 02/12/2011 a 06/12/2011
Local: Centro de Convenções de Baltimore Baltimore, EUA
Link do Eventohttp://www.aesnet.org/go/meetings-and-events/annual-meeting
Sobre o Evento: Reunião Anual da Sociedade Americana de Epilepsia é a estréia para a epilepsia e outras desordens de apreensão, um fórum internacional para o intercâmbio de resultados atuais na pesquisa da epilepsia.
»6TH LATIN-AMERICAN SUMMER SCHOOL ON EPILEPSY (LASSE VI)
 24/02/2012 a 02/03/2012
Local: Hotel e centro de convenções Santa Mônica Guarulhos-SP
Link do Eventohttp://www.lasse.med.br
Sobre o Evento: “SYMPTOMATIC EPILEPSY: A critical updating”
»XXXIV Congresso Brasileiro de Epilepsia
 06/06/2012 a 09/06/2012
Local: Ribeirão Preto, SP
Sobre o Evento: A Liga Brasileira de Epilepsia (LBE) congrega os mais importantes profissionais médicos e não médicos brasileiros envolvidos na pesquisa e assistência na área de epilepsia. O seu congresso é a principal reunião científica nacional na área de epileptologia e acontece de forma bienal, sempre em conjunto com a Reunião da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica.
»10th European Congress on Epileptology
 30/09/2012 a 04/10/2012
Local: London, UK
Link do Eventohttp://www.epilepsylondon2012.org
Sobre o Evento: The ECE as a congress has grown in stature in recent years, and the London 2012 congress has all the ingredients of a landmark event in the epilepsy calendar.
»7th Congreso Latinoamericano de Epilepsia (LACE), Quito 2012
 14/11/2012 a 17/11/2012
Local: Quito, Ecuador
Link do Eventohttp://epilepsycongress.org/index.php?id=71
Sobre o Evento: The 7th LACE is scheduled to take place in Quito, Ecuador from the 14th – 17th November 2012. The congress website will be availble very soon.

EVENTOS...



29th International Epilepsy Congress
 28/08/2011 a 01/09/2011
Local: Hotel Marriott Rome Park Via Colonnello Tommaso Masala, 54 - Roma, Itália
Link do Eventohttp://www.epilepsyrome2011.org
Sobre o Evento: O 29º Congresso Internacional de Epilepsia (IEC), será realizado na antiga cidade de Roma, de 28 de agosto a 01 de setembro de 2011 no Hotel Marriott Rome Park.
»Curso Itinerante da LBE
 17/09/2011
Local: Vitória-ES
Sobre o Evento: Os cursos itinerantes da LBE são realizados em algumas cidades do país e têm como tema a "Atualização no Tratamento das Epilepsias".
»4th Eilat International Educational Course: PHARMACOLOGICAL TREATMENT OF EPILEPSY
 18/09/2011 a 25/09/2011
Local: Eilat, Israel
Link do Eventohttp://www.eilat-aeds.com
Sobre o Evento: Following the outstanding success of the past three Eilat International Educational Courses, held in Eilat, September 18-25, 2005, September 2-9, 2007 and September 6-13, 2009, it gives us great pleasure to inform you of the forthcoming 4th Eilat International Educational Course: PHARMACOLOGICAL TREATMENT OF EPILEPSY, which will take place at the Princess Hotel, Eilat, Israel, September 18-25, 2011. The Course program is designed for junior registrations (45 years and younger), and we are happy to inform you that a number of bursaries have been made available by the ILAE Commission on European Affairs (CEA) towards partially defraying the cost of flight and accommodation expenses of bursary recipients, who will also have their registration fees waived. The course is under the auspices of the ILAE Commission on European Affairs (CEA).
»Jornada Brasil-França de Epilepsia
 29/09/2011 a 01/10/2011
Local: Mar Hotel - Recife-PE
Link do Eventohttp://www.epilepsia2011.com.br
Sobre o Evento: A Jornada Brasil-França de Epilepsia tem como objetivo discutir a evolução científica e tecnológica no estudo das Síndromes Epilépticas nos dias atuais.
»20th International Epilepsy Symposia
 08/10/2011 a 12/10/2011
Local: Centro de Convenções Ribeirão Preto Rua Bernardino de Campos, 999 Ribeirão Preto – SP
Link do Eventohttp://www.epilepsysymposia.com
Sobre o Evento: 20th International Epilepsy Symposium & Epileptology Comprehensive Course - Estratégias Diagnósticas e Terapêuticas nas Epilepsias Graves
»Neurofisiologia 2011
 24/10/2011 a 27/10/2011
Local: Hotel Conrad Punta del Este, Uruguai
Link do Eventohttp://www.neurofisiologia2011.org
Sobre o Evento: O evento ‘NEUROFISIOLOGIA 2011", se realizará em Punta del Este, Uruguai, de 24 a 27 de outubro de 2011. O mesmo terá lugar no Centro de Conferências do Hotel Conrad Resort & Casino, o principal centro de congressos do balneário.
»65ª Reunião Anual Sociedade Americana de Epilepsia
 02/12/2011 a 06/12/2011
Local: Centro de Convenções de Baltimore Baltimore, EUA
Link do Eventohttp://www.aesnet.org/go/meetings-and-events/annual-meeting
Sobre o Evento: Reunião Anual da Sociedade Americana de Epilepsia é a estréia para a epilepsia e outras desordens de apreensão, um fórum internacional para o intercâmbio de resultados atuais na pesquisa da epilepsia.
»6TH LATIN-AMERICAN SUMMER SCHOOL ON EPILEPSY (LASSE VI)
 24/02/2012 a 02/03/2012
Local: Hotel e centro de convenções Santa Mônica Guarulhos-SP
Link do Eventohttp://www.lasse.med.br
Sobre o Evento: “SYMPTOMATIC EPILEPSY: A critical updating”
»XXXIV Congresso Brasileiro de Epilepsia
 06/06/2012 a 09/06/2012
Local: Ribeirão Preto, SP
Sobre o Evento: A Liga Brasileira de Epilepsia (LBE) congrega os mais importantes profissionais médicos e não médicos brasileiros envolvidos na pesquisa e assistência na área de epilepsia. O seu congresso é a principal reunião científica nacional na área de epileptologia e acontece de forma bienal, sempre em conjunto com a Reunião da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica.
»10th European Congress on Epileptology
 30/09/2012 a 04/10/2012
Local: London, UK
Link do Eventohttp://www.epilepsylondon2012.org
Sobre o Evento: The ECE as a congress has grown in stature in recent years, and the London 2012 congress has all the ingredients of a landmark event in the epilepsy calendar.
»7th Congreso Latinoamericano de Epilepsia (LACE), Quito 2012
 14/11/2012 a 17/11/2012
Local: Quito, Ecuador
Link do Eventohttp://epilepsycongress.org/index.php?id=71
Sobre o Evento: The 7th LACE is scheduled to take place in Quito, Ecuador from the 14th – 17th November 2012. The congress website will be availble very soon.

Centro Médicos


»Ambulatório de Epilepsia (centro com cirurgia)
 Cidade: RIO DE JANEIRO
UF: RJ
Outras informações:
Dr. Marcelo Heitor
Ambulatório de Epilepsia na Infância
Quartas-feiras pela manhã 8:00 as 12:00.
Tel.: (021) 2587-6230 / 6231 (Adultos)
Ambulatório de epilepsia Adolescentes e adultos
Terças-feiras a tarde a partir das 13:00.
Tel.: (021) 2587-6410 (Epilepsia na infância)

O QUE É ESPILPSIA...???


O QUE É EPILEPSIA
O que é epilepsia?
Definição
É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos aparente.

Sintomas
Em crises de ausência, a pessoa apenas apresenta-se "desligada" por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Tranqüilize-a e leve-a para casa se achar necessário. Em crises tônico-clônicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido; depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Existem, ainda, vários outros tipos de crises. Quando elas duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.

Causas
Muitas vezes, a causa é desconhecida, mas pode ter origem em ferimentos sofridos na cabeça, recentemente ou não. Traumas na hora do parto, abusos de álcool e drogas, tumores e outras doenças neurológicas também facilitam o aparecimento da epilepsia.

Diagnóstico
Exames como eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem são ferramentas que auxiliam no diagnóstico. O histórico clínico do paciente, porém, é muito importante, já que exames normais não excluem a possibilidade de a pessoa ser epiléptica. Se o paciente não se lembra das crises, a pessoa que as presencia torna-se uma testemunha útil na investigação do tipo de epilepsia em questão e, conseqüentemente, na busca do tratamento adequado.

Cura
Em geral, se a pessoa passa anos sem ter crises e sem medicação, pode ser considerada curada. O principal, entretanto, é procurar auxílio o quanto antes, a fim de receber o tratamento adequado. Foi-se o tempo que epilepsia era sinônimo de Gardenal, apesar de tal medicação ainda ser utilizada em certos pacientes. As drogas antiepilépticas são eficazes na maioria dos casos, e os efeitos colaterais têm sido diminuídos. Muitas pessoas que têm epilepsia levam vida normal, inclusive destacando-se na sua carreira profissional.

Outros Tratamentos
Existe uma dieta especial, hipercalórica, rica em lipídios, que é utilizada geralmente em crianças e deve ser muito bem orientada por um profissional competente. Em determinados casos, a cirurgia é uma alternativa.

Recomendações
Não ingerir bebidas alcoólicas, não passar noites em claro, ter uma dieta balanceada, evitar uma vida estressada demais.

Crises
Se a crise durar menos de 5 minutos e você souber que a pessoa é epiléptica, não é necessário chamar um médico. Acomode-a, afrouxe suas roupas (gravatas, botões apertados), coloque um travesseiro sob sua cabeça e espere o episódio passar. Mulheres grávidas e diabéticos merecem maiores cuidados. Depois da crise, lembre-se que a pessoa pode ficar confusa: acalme-a ou leve-a para casa.

É um evento de alto nível científico e tem como objetivo, discutir a evolução científica e tecnológica no estudo das Síndromes Epilépticas nos dias atuais.

Participe da Jornada Brasil-França e aprenda entre amigos

Consequentemente aos recentes avanços na área da saúde é preciso promover entre os profissionais e estudantes, interessados na causa da epilepsia, um ambiente de relacionamento que favoreça o intercâmbio de conhecimentos, provenientes dos mais importantes estudos da atualidade neste campo científico. A Jornada Brasil-França de Epilepsia vai responder a esta necessidade, trabalhando para que você aproveite um evento completo em conteúdo com grandes profissionais convidados, além de momentos importantes de convivência e lazer que estimularão a sua caminhada.
Data: 29/09/2011 a 01/10/2011
Local: Mar Hotel - Recife - PE
Inscreva-se no Evento: 
http://www.epilepsia2011.com.br

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OUTROS EPILÉTICOS.... E REFERÊNCIAS...


Epiléticos famosos

Esta lista inclui algumas celebridades que, por sua biografia, supõe-se que tenham sofrido de epilepsia:
  • Alexandre o Grande, Imperador da Macedonia
  • Alfred Nobel, criador do prêmio Nobel. Há evidências de que sofreu de epilepsia principalmente na infância.
  • Caio Júlio César, estadista romano
  • arquiduque Carlos da Áustria (1771 - 1847))
  • Fiódor Dostoievski, escritor russo. Ele começou a ter as crises aos 25 anos de idade. Os ataques se prolongaram até a sua morte aos 60 anos. Nestes 35 anos, o escritor teve cerca de 400 crises convulsivas, que eram seguidas de confusão mental, depressão e distúrbios temporários de fala e memória. "sim, eu tenho a doença das quedas, a qual não é vergonha para ninguém. E a doença das quedas não impede a vida".
  • Gustave Flaubert, escritor francês, autor de Madame Bovary. A doença se manifestou aos 22 anos de idade, com crises parciais simples, (com sintomas visuais de curta duração) e depois com crises complexas. Ele também apresentava os sintomas emocionais, como terror, pânico, alucinações, pensamentos forçados e fuga de idéias.
  • Hermann von Helmholtz, físico alemão (1821 - 1894)
  • Ian Curtis, roqueiro inglês. O vocalista da banda Joy Division (criada em 1977, época seguinte ao estouro do movimento punk) teve a primeira crise convulsiva logo após a estreia em Londres. O show foi decepcionante e a crise o abalou. Depois disso, a excitação dos shows o levava a ter ataques epilépticos em pleno palco.
  • Moreira César, coronel das forças Armadas brasileiras teve um ataque durante a expedição do exército a Canudos.
  • Machado de Assis, escritor brasileiro
  • Margaux Hemingway, atriz americana (1955 - 1996)
  • Napoleão Bonaparte, imperador francês. "Gemia e babava, tinha uma espécie de convulsão que cessava ao cabo de um quarto de hora…" (testemunho de Talleyrand, ano de 1805, um dos que atestam que o imperador sofria, desde jovem, de epilepsia)
  • D. Pedro I, imperador do Brasil. Segundo os historiadores, ele sofria de epilepsia herdada do lado materno de sua família e antes dos 18 anos já tinha sofrido seis crises.
  • Maria Isabel de Alcântara Brasileira, segunda condessa do Iguaçu, foi a terceira filha do imperador D. Pedro I, do Brasil com a amante Domitília de Castro e Canto Melo, marquesa de Santos.
  • Richard Burton, ator inglês
  • Saul, rei bíblico
  • Sócrates
  • Van Gogh, pintor holandês. Em uma dessas cartas, quando estava internado em Sait-Remy, ele escreveu: "as alucinações insuportáveis desapareceram, estando agora reduzidas a um pesadelo simples, eu penso que em consequência do uso que venho fazendo do brometo de potássio", o primeiro medicamento usado para combater crises epilépticas.
  • Lenin, revolucionário russo (1870-1924)
  • Eric Clapton, guitarrista.

Referências

  1.  Hauser WA. Annegers JH and Kurland LT (1991). "Prevalence of epilepsy in Rochester". Epilepsia 32 (4): 429-445.
  2.  Placencia M. Shorvon SD. Paredes V. Bimos C. Sander JWAS. Suarez J. Cascante SM (1992). "Epileptic seizure in an Andean Region of Equador: Incidence and prevalence and regional variation". Brain 115: 771-782.
  3.  Epilepsy: aetiogy, epidemiology and prognosisWorld Health Organization (February 2001). Página visitada em 2007-06-14.
  4.  Moacir Alves Borges e Dirce Maria Trevisan Zanetta (2002--07-10). Epidemiologia das epilepsias no Brasil. Com Ciência. Página visitada em 2008-10-20.
  5.  "Cirurgia de epilepsia cada vez mais cedo", 2007-09-19. Página visitada em 2007-09-19.
  6.  "GeneCards: list of "disease genes" match the pattern "Epilepsy"". Página visitada em 2007-11-11.

[editar]Ligações externas

Commons possui uma categoriacom multimídias sobre Epilepsia

O QUE É ESPILPSIA...???


Tratamento

diagnóstico de epilepsia deve ser estabelecido de forma definitiva antes do início do tratamento. A decisão de se iniciar o tratamento deve considerar o paciente como um todo: a severidade do quadro clínico e seu prognóstico. Deve-se ter bem claro o propósito deste tratamento e a expectativa do paciente.
Tendo-se decidido que o paciente requer tratamento medicamentoso, depara-se a necessidade de escolher a medicação adequada. Muito importante é ter em conta que a medicação, após instituída, deverá ser mantida durante muitos anos, por vezes até o final da vida. A escolha da medicação antiepiléptica a ser utilizada é feita com base no tipo de crise apresentada pelo paciente. A consequência imediata da escolha adequada da medicação, associada à eficácia contra as crises, melhora a adaptablidade social do paciente epiléptico, que poderá atender melhor e mais facilmente às exigências de seu meio, dentro de uma vida de qualidade.
A maneira como o indivíduo interage com o ambiente social (famíliatrabalhoamigos) é bastante afetada pelo fato de ele ser um portador de epilepsia. O tratamento deve, portanto, não apenas visar o controle de suas crises, mas a melhora da qualidade de vida do paciente, garantindo uma melhor integração social.

[editar]Prognóstico

A maioria das pessoas com epilepsia aparenta levar uma vida normal. Ainda que a epilepsia atualmente não tenha cura definitiva, em algumas pessoas ela eventualmente desaparece. A maioria dos ataques epilépticos não causa lesão cerebral. Não é incomum que pessoas com epilepsia, especialmente crianças, desenvolvam problemas emocionais e de comportamento. Para muitas pessoas com epilepsia o risco de ataques epilépticos restringe sua independência. A maioria das mulheres com epilepsia pode ficar grávida, mas deve discutir com o médico sobre sua doença e medicamentos tomados. Mulheres com epilepsia tem uma chance maior de 90% de ter um bebê saudável.

[editar]Crise epiléptica

É a manifestação clínica causada por uma descarga transitória, excessiva e anormal de células nervosas. Pode ser comparada a uma tempestade elétrica, ocorrendo num grupo deneurônios. As descargas podem variar de local, extensão e severidade, o que leva a uma ampla diversidade de formas clínicas. Os sinais e sintomas de uma crise epiléptica (distúrbios da consciência, dos movimentos ou da sensibilidade) refletem, portanto, a ativação da parte do cérebro afetada por esta atividade excessiva. Pode ser afetada apenas uma parte do cérebro (crise parcial ou focal) ou toda extensão dos dois hemisférios cerebrais (crise generalizada).
É importante lembrar que o termo disritmia, aplicado nesta área, não tem fundamento científico.

[editar]Ocorrência

Existe uma variação percentual da prevalência da epilepsia de acordo com regiões. Nos países desenvolvidos sua incidência é estimada em 40-50/100.000 habitantes/ano,[1] enquanto que nos em desenvolvimento é de 122-190/100.000 habitantes/ano.[2] Estima-se que 50 milhões de pessoas no mundo já tiveram ao menos uma crise de epilepsia.[3] Estima-se também que os países em desenvolvimento concentrem 85% dos casos onde 90% dos quais não recebem diagnóstico ou tratamento[carece de fontes]. Pode iniciar-se em qualquer idade, mas é mais comum até os 25 e depois dos 65 anos. Também se observa uma leve diferença entre os sexos: há mais homens que mulheres com epilepsia.
Alguns estudos realizados no Brasil também apontam prevalências diferenciadas por região, variando de 1/1000 a 18,6/1000 habitantes.[4]

[editar]Causas

Existem várias causas para a epilepsia, pois muitos fatores podem lesar os neurônios (células nervosas) ou o modo como estes comunicam entre si. Os mais frequentes são: traumatismos cranianos, provocando cicatrizes cerebrais; traumatismos de parto; certas drogas ou tóxicos; interrupção do fluxo sanguíneo cerebral causado por acidente vascular cerebral ou problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou tumores.
Podem ser encontradas lesões no cérebro através de exames de imagem, como a tomografia computadorizada, mas normalmente tais lesões não são encontradas. Oeletroencefalograma pode ajudar, mas idealmente deve ser feito durante a crise. Existe uma discussão sobre a "personalidade epiléptica" no sistema legal, mas de um modo geral o epiléptico não deve ser considerado inimputável.
Quando se identifica uma causa que provoque a epilepsia, esta é designada por "sintomática", quer dizer, a epilepsia é apenas o sintoma pelo qual a doença subjacente se manifestou; em 65% dos casos não se consegue detectar nenhuma causa - é a chamada epilepsia "idiopática".
Emprega-se o termo epilepsia "criptogênica" quando se suspeita da existência de uma causa mas não se consegue detectar a mesma.
Conquanto possa ser provocada por uma doença infecciosa, a epilepsia, ao invés de algumas crenças habituais, não é contagiosa, ninguém a pode contrair em contato com um epiléptico. Na maioria dos casos a epilepsia deve-se a uma lesão cerebral causada por traumatismo provocado por acidente físico, num tumor, numa infecção, no parasita cisticerco, num parto com complicações, meningite, embora em menor frequência pode ser genético,[5][6] significando que, em poucos casos, a epilepsia pode ser transmitida aos filhos. Outro fator que pode explicar a incidência da epilepsia entre parentes próximos é que algumas causas como a infecção e a meningite, possíveis causas das lesões cerebrais, são contagiosas, expondo parentes próximos a uma incidência maior. Do mesmo modo, a cisticercose que é causada pela ingestão de cistos provenientes da Taenia solium (transmitida através da ingestao de ovos da tênia que se aloja no intestino humano), adquirindo em alimentos contaminados que costumeiramente fazem parte da alimentação de parentes próximos. A despeito da crença popular que a epilepsia é incurável, existem tratamentos medicamentosos e cirurgias capazes de controlar e até curar a epilepsia.
Alguns fatores podem desencadear crises epilépticas:
e outros

[editar]ONU

A Campanha Global contra Epilepsia - "Fora das Sombras" - é uma iniciativa conjunta da Liga Internacional contra Epilepsia (ILAE), do Comitê Internacional para Epilepsia (IBE) e daOrganização Mundial de Saúde. Cada uma das organizações envolvidas tentou, no passado, promover alguma modificação, mas nenhuma de fato foi bem sucedida. O lema oficial da campanha é: "Melhorar a aceitação, diagnóstico, tratamento, serviços e prevenção de epilepsia em todo o mundo", pois calcula-se que 70-80% das pessoas com epilepsia podem ou poderiam levar vidas normais se tratadas corretamente.
Os objetivos da campanha são:
  • Aumentar a consciência pública e profissional de epilepsia como doença do cérebro universal e tratável
  • Elevar a epilepsia a um novo nível de aceitação no domínio público
  • Promover educação pública e profissional sobre epilepsia
  • Identificar as necessidades das pessoas com epilepsia nos âmbitos regional e nacional
  • Encorajar governos e departamentos de saúde a contemplar as necessidades das pessoas com epilepsia, incluindo consciência, educação, diagnóstico, tratamento, cuidados, serviços e prevenção.
A campanha inclui componentes internacionais, regionais e nacionais, os quais estão inter-relacionados.

[editar]Tratamento clínico

Os principais medicamentos utilizados são:

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